Andando pelas ruas posso ouvir que muita gente escolheu o ‘Canon’ de Pachelbel como seu toque no telefone celular. Com os avanços da digitalização ele está disponível nos mais diversos arranjos – do piano à orquestra de cordas, da versão romantizada ao mais próximo do barroco.
São pessoas também dos mais variados tipos. E não serão poucos os que gostam sem conhecer a peça original. Talvez o que os terá impressionado seja a atmosfera auspiciosa que a música anuncia: um crescendo que arrebata, um sentido de realização, de bem aventurança. Longe, portanto, de qualquer sombra que um telefonema possa lançar. É uma esperança.
O ‘Canon’ tem me acompanhado há tanto. Surge baixinho, inesperado, em horas pouco amenas. Mas consegue infundir seu encanto mesmo assim. Quem sabe esse mistério possa me ligar mais esta vez?